Nada é tão claro na natureza quanto seus ciclos. Desde os mais simples, como dia e noite até os ciclos mais complexos como o que a ciência hoje chama “Big-Bang e Big-Crunch”, ou início e fim do universo, os indianos chamavam Manvântara, referindo-se a uma Respiração completa de Brahma que corresponderia a 4 bilhões e 320 milhões de anos, segundo o calendário terrestre.
De todo modo, esses ciclos muitas vezes, pela pequenez de nossa consciência, pela limitação de nossa vida tão curta, nos passam despercebidos, apesar de determinar muitas de nossas ações e influenciar as fases que enfrentamos durante toda vida.
Podemos entender que algum tipo de lei rege todas as coisas e, dessa forma, tudo que se aplica a uma formiga pode ser aplicado a um planeta ou sistema solar. Desde as coisas mais básicas e simplórias até as maiores e mais complexas estruturas, tudo está sendo permeado por essa lei.
Quando pensamos no assunto, cometemos um terrível engano ao separar causa e efeito e delegarmos a um planeta ou idade, a causa de certos fenômenos mais ou menos comuns na vida dos seres humanos. Neste caso estamos na verdade confundindo causa e efeito e tomando um pelo outro.
Aparentemente esse conhecimento foi se perdendo entre os ditos Astrólogos e pesquisadores de Mapas Estelares. Salvo alguns poucos e sérios “Estudiosos das Estrelas” que mantém viva a chama do conhecimento das antigas e sábias civilizações, o que se observa nos milhares de sites sobre o assunto são definições que iniciam no ponto errado e terminam sempre nas mesmas previsões.
Quando, por exemplo, a mídia alardeia o fato de grandes astros Pop terem sucumbido as suas próprias carreiras aos exatos 27 anos de idade, os ditos astrólogos culpam quase que imediatamente o tão falado “Retorno de Saturno”, como se o planeta fosse responsabilizado por essa época tão conturbada da vida.
O interessante é como existe algo de válido nessa afirmação e que, invariavelmente, passamos por uma espécie de cisão com tudo que, antes dos 27 ou 28 anos, nos era variado, acabam-se as oportunidades e alternativas aparentemente intermináveis, dali para diante, sabe-se que experiências foram feitas, que as ilusões da juventude foram postas a parte e que, no futuro, é preciso trabalhar para desempenhar um papel no vasto drama da vida, mesmo que não se tenha ideia do modo como nos foi distribuído o papel que representaremos.
Neste ponto é importante ressaltar que, apesar da natureza manifestar leis que não podemos compreender por completo, suas influências são facilmente constatáveis, por exemplo o próprio ciclo do Planeta Saturno que, a cada 28 anos aproximadamente, completa seu caminho em volta do sol e, a mesma lei que rege este fenômeno, determina também ciclos muito previstos na vida dos homens.
É nessa época que acontece as grandes decisões da vida e que alguns jovens artistas como Amy Whinehouse, Kurt Cobain, Jimy Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison não souberam como enfrentar. Uma definição muito clara dos incidentes que causaram a morte desses, encontra-se em uma das obras de Hippolyte Léon Denizard Rivail que ficou mais conhecido como Allan Kardec e que, ainda hoje, é muito mal compreendida por aqueles que se intitulam “espiritistas”. O autor , como quis expressar através do Livro dos Espíritos, narra em sua questão nº 905, sobre as virtudes e vícios, o quanto estes artistas, mesmo tendo em suas obras belíssimos exemplos de virtudes, não seguiram o exemplo de suas próprias palavras e sucumbiram aos excessos:
“A moral sem as ações é o mesmo que a semente sem o trabalho. De que vos serve a semente, se não a fazeis dar frutos que vos alimentem? Grave é a culpa desses homens, porque dispunham de inteligência para compreender. Não praticando as máximas que ofereciam aos outros, renunciaram a colher-lhes os frutos.”Entender o ciclo da natureza é compreender em si mesmo as leis que conduzem todo o universo e estar em consônancia com todas as coisas que o cercam.